Era uma vez... parte II
(para lerem o resto da história cliquem em "Psssst! Espreita aqui!")
Entretanto do lado de cá do planeta havia um rapaz muito rebelde, António G., que tinha acabado de deixar os seus pais, irmãs e noiva e ir rumo até Macau, cumprir os anos obrigatórios da tropa.
Apesar da tropa ser muito exigente na altura, havia sempre oportunidades para a borga. Quer esta fosse em forma de copos, jogo, "meninas", etc, etc, era ver o António no meio da acção. Por exemplo, quando ele e os seus colegas de guerrilha passavam muita fome, iam para o cemitério, esperavam que acabassem os funerais e iam comer o que as famílias ricas deixavam nas campas.
Mas o que António não estava à espera era duma coisa que hoje em dia se ouve falar imenso: as doenças venéreas. Foi descuidado e foi "apanhado" pelo virús que provoca a sífilis. Adoeceu bastante e viu-se obrigado a procurar cuidados médicos. Encontrou esses cuidados na Cruz Vermelha Portuguesa, onde conheceu uma linda voluntária, Maria Teresa.
Foi amor à primeira e logo logo começaram a namorar. Mas não pensem que foi fácil, porque António continuava o rapaz rebelde e cheio de vida. E safado também! Em frente à casa dele, lá em Macau, morava uma macaense, a Rosa. Então sempre que ele tomava banho e se limpava, cantava uma música com o nome Rosa e a tal menina vinha para a janela "observar"... De maneira que, quando Maria Teresa descobriu, não se poupou e foi dar uma sova à rapariga.
Os tempos passaram e o amor era tão grande que sobreviveu às "travessuras" de António, que este pediu Maria Teresa em casamento. O seu futuro cunhado trabalhava na Polícia, então facilmente lhe arranjou um trabalho na alfândega. Na noite anterior ao casamento, António não resistiu e foi passar a noite na jogatina. Só que chegou a tal ponto que acabou por perder o fato de casamento no jogo!
No dia seguinte, o do casamento, dia 13 de Junho de 1944, Maria Teresa ao ver o seu futuro marido muito atrasado, resolveu pedir a uma empregada para ir a casa dele saber o que se passava. Esta encontra-o em cuecas, sentado na cama, sem saber o que fazer. Foi pedir dinheiro a Maria Teresa, foi buscar o fato e o casamento lá se realizou.
Ah, é de lembrar que António teve muitos padrinhos de casamento, por causa das prendas!
Continua...
Apesar da tropa ser muito exigente na altura, havia sempre oportunidades para a borga. Quer esta fosse em forma de copos, jogo, "meninas", etc, etc, era ver o António no meio da acção. Por exemplo, quando ele e os seus colegas de guerrilha passavam muita fome, iam para o cemitério, esperavam que acabassem os funerais e iam comer o que as famílias ricas deixavam nas campas.
Mas o que António não estava à espera era duma coisa que hoje em dia se ouve falar imenso: as doenças venéreas. Foi descuidado e foi "apanhado" pelo virús que provoca a sífilis. Adoeceu bastante e viu-se obrigado a procurar cuidados médicos. Encontrou esses cuidados na Cruz Vermelha Portuguesa, onde conheceu uma linda voluntária, Maria Teresa.
Foi amor à primeira e logo logo começaram a namorar. Mas não pensem que foi fácil, porque António continuava o rapaz rebelde e cheio de vida. E safado também! Em frente à casa dele, lá em Macau, morava uma macaense, a Rosa. Então sempre que ele tomava banho e se limpava, cantava uma música com o nome Rosa e a tal menina vinha para a janela "observar"... De maneira que, quando Maria Teresa descobriu, não se poupou e foi dar uma sova à rapariga.
Os tempos passaram e o amor era tão grande que sobreviveu às "travessuras" de António, que este pediu Maria Teresa em casamento. O seu futuro cunhado trabalhava na Polícia, então facilmente lhe arranjou um trabalho na alfândega. Na noite anterior ao casamento, António não resistiu e foi passar a noite na jogatina. Só que chegou a tal ponto que acabou por perder o fato de casamento no jogo!
No dia seguinte, o do casamento, dia 13 de Junho de 1944, Maria Teresa ao ver o seu futuro marido muito atrasado, resolveu pedir a uma empregada para ir a casa dele saber o que se passava. Esta encontra-o em cuecas, sentado na cama, sem saber o que fazer. Foi pedir dinheiro a Maria Teresa, foi buscar o fato e o casamento lá se realizou.
Ah, é de lembrar que António teve muitos padrinhos de casamento, por causa das prendas!
Continua...
6 comentários:
A história promete, mesmo!
A minha adoração pela tua avó já era grande, apesar de não ter conhecido (obviamente e infelizmente). Com estes factos, aumentou e muito.
Fico à espera de mais um capítulo, ok?
Beijos
Ai esse António! Que rico malandreco.
Fico à espera da continuação! ;)
Beijocas.
Bem, esta história dava um filme...
Fico à espera do próximo capítulo.
Beijinhos grandes.
estou fascinada
Que história interessante. Como é bom saber esses detalhes todos da nossa história (sim, a história dos nossos avós e pais é a nossa história). Vou passar para ver como acaba!
O avô era tramado eheheh
A avó não ficava atrás e sempre mostrou uma personalidade muito vincada e determinada. Graças a ser assim proporcionou estarmos cá hoje :D
Agora ninguém vai mais estranhar o bichinho do jogo da nossa familia. ;)
Enviar um comentário